sexta-feira, 28 de novembro de 2008

DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO

INTRODUÇÃO 
A técnica nasce, quando do nascimento da humanidade. Nela reside a característica marcante de que, uma vez inventado o primeiro instrumento, desencadeia - se um processo de melhoria de suas formas e usos para satisfazer as necessidades crescentes da sociedade.
O processo progressista das técnicas requer da sociedade onde se instala, um profundo conhecimento de teorias científicas para a resolução dos seus problemas, dos seus porquês e de como seus objetivos são alcançados. Uma reformulação de sua estrutura e metas, compatíveis com a utilização dos benefícios que trouxer. Segundo M. Dugud (1981), “Uma técnica não se converte em ferramenta, até que a saiba manejar e lhe aplicar o saber”.
É nesse contexto que surge a tecnologia.
Para Sigaut (1966), o termo tecnologia difundiu-se na Europa, depois da Segunda Guerra Mundial, primeiramente com a mesma acepção que nos países anglo - saxões de onde provinha, isto é, para designar o conjunto de técnicas modernas e de cunho científico, em oposição às práticas realizadas pelos artesões.
Nesta dimensão de crescimento e avanços, existe uma estreita ligação entre tecnologia e ciência, entre técnica e tecnologia e, se nos estendermos um pouco mais entre tecnologia e educação. E é através de um sistema de educação completo, de uma Educação Tecnológica, como afirma Bastos (1977), articulado entre teórica e prática, fundamentado no conhecimento, na reflexão e na ação e sustentado por pesquisas tecnológicas, que se adquire saberes e competências necessários para acompanhar os avanços científicos e suas mudanças irreverssíveis, que só tendem a se ampliar.
Outro fator extremamente importante no terreno da tecnologia é a questão da ética, requerida para evitar que o predomínio que atualmente  exerce sobre a sociedade não venha constituir-se como ameaça, até mesmo para a existência humana.      
O Cidadão tecnológico precisa entender que a evolução da ética acompanha a evolução da tecnologia

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AS EXIGÊNCIAS DA TECNOLOGIA
1. Dos indivíduos 
Os filhos do novo milênio interagem com uma nova paisagem cultural, social e econômica, inovada pelos aparatos tecnológicos. Seja no lar, na escola, na indústria ou na igreja, na cultura ou no lazer, seja qual for nosso campo de atuação, a tecnologia nos trouxe uma nova linguagem, um novo conhecimento, um novo pensamento, uma nova forma de expressão.
Dizem os estudiosos desta área, como Adam Schaff, que estamos em plena segunda revolução industrial, a qual se caracteriza por novas bases do processo produtivo.
Esta nova era exige dos indivíduos novas maneiras de pensar e de agir, alto nível de habilidade cognitiva, raciocínio lógico abstrato, operado pela linguagem simbólica, cooperação, relacionamentos, dentro e fora do seu campo de atuação, qualificação para desempenhar diversas competências, visão sistêmica ou holística e principalmente, que sejam capazes de obter conhecimentos e construí-los, através de uma atitude reflexiva e questionadora sobre eles.

2. Da  educação 
Esses conhecimentos serão construídos, tendo como suporte uma educação baseada na concepção transformadora, progressista, crítica, que dê lugar tanto aos fundamentos básicos teóricos como à prática social que ela caracteriza.
Uma educação, que por um lado, tem um compromisso com a transmissão do saber sistematizado e, por outro, ela deve conduzir à formação do educando, fazendo-o capaz de viver e conviver na sociedade, participar de sua vida na relação com o outro. Não podemos, então, separar tecnologia do homem, tanto no sentido de possuir os conhecimentos e saberes para produzi-la, como para saber como essa tecnologia pode e vai influir na sua subjetividade. Essa educação tende a ser tecnológica, como afirma Bastos (1997), o que por sua vez, vai exigir o entendimento e interpretação de tecnologias.
Belloni (1998), ao discutir a questão da tecnologia e formação de professores, coloca que:
“(...) a escola moderna, formadora do cidadão emancipado e autônomo, nascia sob o signo da palavra imprensa que tinha uma conotação democrática e subversiva. A escola da pós-modernidade terá que formar o cidadão capaz de ler e escrever em todas as novas linguagens do universo informacional em que está imerso” (pp. 146-7).
O homem, mais do que nunca, então, está presente com sua competência e sensibilidade neste novo paradigma. Mas que paradigma é esse de uma educação para a modernidade? 

3. Dos novos paradigmas 
Graz vai nos apresentar uma alternativa de paradigma em educação, baseando-se nos trabalhos Klafki, que fala sobre uma “ciência educacional crítico- construtiva” que ainda não foi elaborada. Essa ciência será crítica, enquanto sua abordagem questiona como Uma educação, que por um lado, tem um compromisso com a transmissão do saber sistematizado e, por outro, ela deve conduzir à formação do educando, fazendo-o capaz de viver e conviver na sociedade, participar de sua vida na relação com o outro. Não podemos, então, separar tecnologia do homem, tanto no sentido de possuir os conhecimentos e saberes para produzi-la, como para saber como essa tecnologia pode e vai influir na sua subjetividade. Essa educação tende a ser tecnológica, como afirma Bastos (1997), o que por sua vez, vai exigir o entendimento e interpretação de tecnologias.
Belloni (1998), ao discutir a questão da tecnologia e formação de professores, coloca que:
“(...) a escola moderna, formadora do cidadão emancipado e autônomo, nascia sob o signo da palavra imprensa que tinha uma conotação democrática e subversiva. A escola da pós-modernidade terá que formar o cidadão capaz de ler e escrever em todas as novas linguagens do universo informacional em que está imerso” (pp. 146-7).
O homem, mais do que nunca, então, está presente com sua competência e sensibilidade neste novo paradigma. Mas que paradigma é esse de uma educação para a modernidade? 
Esses novos paradigmas caracterizam-se pela necessidade de eixos paradigmáticos: 
      objetividade - neste campo queremos privilegiar a questão do saber, da ciência e do conhecimento; 
     subjetividade – esse eixo tem por objetivo repensar a questão das atitudes, valores e sentimentos que envolvem o processo da educação; 
     totalidade – procura buscar os fundamentos de análise do aluno como um todo, baseando-se, principalmente, nos trabalhos de Howard Gardner que se dedicou a explicar como talentos, habilidades e criatividade relacionam-se com a inteligência. 

4. Da ética 
Vários autores, muito acertadamente, enfatizam em suas conclusões, a questão da ética como “extremamente importante no terreno da tecnologia, uma vez que, alguns aspectos, transcendem a utilização de uma tecnologia mais sofisticada para encontrar-se com a reflexão dos limites e parâmetros desejáveis e aceitáveis de sua ação”.
Hilts (1994) diz que a educação tecnológica deve estar voltada para os desafios das gerações futuras, em termos de modernização e capacidade emancipatória, e, se ela deve ser entendida como algo que visa à felicidade do homem, precisamos desenvolvê-la dentro desta concepção, baseando –nos não só nos conhecimentos científicos mas, principalmente, nos valores que nossa sociedade nos impõe.

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